terça-feira, 4 de agosto de 2009

JOAQUIM ANDRADE O DECANO DO PELOTÃO DA VOLTA A PORTUGAL


Cinco títulos de Campeão Nacional, doze vitórias em provas por etapas (incluindo a Volta ao Algarve e a Volta ao Alentejo), um triunfo na Clássica Porto-Lisboa (logo no primeiro ano como profissional) e um impressionante recorde de 20 presenças na Volta a Portugal todas elas concluídas, fazem de Joaquim Andrade um ciclista "excepcional".

O seu registo é de tal forma impressionante que, se tudo correr conforme é habitual, Andrade completará no dia do seu aniversário, a 16 de Agosto, a 21.ª Volta a Portugal reforçando assim um estatuto que lhe vai permitir figurar no "Guiness Book of Records" como o ciclista que mais vezes consecutivas concluiu a mesma prova por etapas.

Depois será o cumprir do calendário de provas até ao final da época a anteceder uma retirada ainda sem pensar em como vai ser o "dia seguinte".
"Sinceramente tenho andado tão empenhado a preparar a Volta que ainda nem sequer pensei como vai ser o meu futuro. É óbvio que quero continuar ligado a uma modalidade que me deu muito mas não tenho nenhum projecto, nenhuma ideia. Agora a prioridade é a Volta e a vontade de chegar ao fim e, se possível, concluir em grande com uma vitória numa etapa" - adianta.

Analisando aquilo que tem sido a época da LA Paredes Rota dos Móveis, Joaquim Andrade não esconde um certo desalento pela falta de sorte que tem perseguido a equipa. "Dizer que um grupo é melhor ou pior é sempre muito relativo. Temos bons elementos e andamos sempre na frente, seja nas fugas, seja nas chegadas, mas ainda não conseguimos traduzir essa atitude em resultados. Acho que somos capazes de fazer coisas boas, de ganhar etapas ou algumas das classificações, assim não nos falte sorte
que também é muito importante".

Pessoalmente, Andrade garante que 2009 é o ano em que se apresenta melhor à partida para a Volta a Portugal. "Não me têm acontecido os azares dos últimos anos e tenho conseguido treinar com regularidade e bem, por isso acredito que estarei melhor e em condições de ajudar a equipa e aquele que vier a ser designado como chefe-de-fila da LA Paredes Rota dos Móveis. Isto claro, sem deixar de espreitar a minha oportunidade o que inclui a tentativa de ganhar uma etapa".

Sobre os seus colegas de equipa, o veterano ciclista evita dar particular destaque. No entanto sempre vai referenciando a evolução positiva que se tem operado entre os mais novos os quais "têm justificado a aposta que neles foi feita. Como grupo equilibrado que
é, tal facto permite-nos brilhar mais de forma colectiva. Mas não restam dúvidas que somos fortes na montanha e, agora, temos outros argumentos para as chegadas ao sprint. Aqueles que nos olham com indiferença ainda vão ter de repensar a avaliação que fizeram, enquanto aqueles que em nós depositaram confiança se vão orgulhar do nosso trabalho".

Para já, o decano do pelotão nacional quer fazer uma boa Volta e aguentar as emoções de mais uma chegada ao fim em dia de aniversário. E, com o nome no "Guiness", encontrar um projecto que lhe permita continuar ligado ao ciclismo, transmitindo aos mais novos os ensinamento amealhados em mais de vinte anos de carreira.

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